domingo, 10 de abril de 2011

Tecnologia e o bem comum

Vivemos em uma sociedade que se caracteriza pela expansão tecnológica, onde todas os sujeitos, de uma certa maneira, tem as suas vidas ligadas ela. Tecnologia representada pela televisão, telefones, eletros domésticos, máquinas industriais, computadores, etc e nos últimos anos, de uma forma bem mais intensa, a internet, antes limitadas a uso de poucos, agora se  popularizando com grande velocidade,   permitindo uma maior interação entre as pessoas, o que faz surgir um novo perfil de sujeito.
O encantamento entre os usuários que utilizam a rede, pelas inúmeras facilidades de acesso a milhares de  informações, a troca de conhecimento, a criação de comunidades com interesses comuns, o  consumo de produtos  diversos, a criação de serviços que agiliza e simplifica a vida das pessoas,  torna a internet um influenciador no surgimento deste novo perfil de sujeito da sociedade atual.
Com isto, para aproveitar os milhares de internautas que navegam  pela rede, entra em cena de maneira massiva e muitas vezes perversa, a economia capitalista que converte qualquer coisa em mercadoria de consumo, alguns seguimentos econômico monopoliza e lucra milhões como a imposição dos seus produtos. 
Mas a internet se caracteriza também, por ser um espaço democrático, onde as pessoas tem a liberdade de contrapor a este sistema, e criar outros meios de forma colaborativas para acessar e utilizar produtos sem estar presos aos domínios de um só sistema, é o caso da criação de software. O software  passou a ser muito mais do que um programa de computador composto por uma seqüência de instruções, mas  é considerado  financeiramente  um bem de capital, que muitas vezes rendem bilhões de dólares através da venda do direito de uso.
A colaboração pela rede, por pessoas que não aceita este domínio, permitiu a descentralização na criação de software. Segundo Rezende (2008) A internet permite” viabilizar modelos de produção colaborativa, amparados por licenças permissivas lastreadas na autonomia autoral, baseados em padrões abertos e desimpedidos de restrições proprietárias”. Surgindo assim, outras opções de software onde é permitido uma participação coletiva, tornando um meio mais democrático é acessível a todos.

REFERÊNCIA
REZENDE, Pedro Antônio Dourado de, Custo social: propriedade imaterial, software, cultura e natureza, In: PRETTO, Nelson , SILVEIRA, Sérgio Amadeu (org). ALÉM DAS REDES DE COLABORAÇÃO internet, diversidade cultural e tecnologias do poder, Salvador, EDUFBA , 2008.

Um comentário:

  1. Olá Luciana,
    não ficou clara a relação que vc tentou estabelecer entre os processos libertários e participativos em rede e os softwares. Tente organizar melhor as ideias nesse final.
    bj

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