sábado, 2 de julho de 2011

Pesquisa Etnográfica virtual

Muitas vezes, quando se fala em ciência, relaciona-se a pesquisa mais tradicional, através de colhimento de dados,  experimentos, observações, etc. O pesquisador fica no lugar de dono de um saber científico, analisando e concluindo um fato, sem se envolver diretamente.        
     Contrapondo a estas pesquisas tradicionais, existem as pesquisas alternativas, como a pesquisa ação e a pesquisa participativa. Nesta modalidade de pesquisa há um compromisso de transformação social, através da participação de todos os sujeitos na analise e solução de seus problemas,enfatizando a produção coletiva acerca da pesquisa científica, que inclui a ideia de um pesquisador colaborador na construção do saber  através de uma  participação mais ativa.
A pesquisa etnográfica virtual é um grande desafio para opesquisador, já que ela é feita nociberespaço, o objeto pesquisado é real,  mas não é palpável, é uma metodologia que analisa as relações sociais via rede, uma relação cheia de influência de outras culturas e saberes num meio de um  processo bem dinâmico. Para Gutierrez (2004).
A etnografia virtual ou netnografia é um processo que se desenvolve a partirda ação do pesquisador, de suas escolhas dentro do contexto pesquisado e, por isso, não tem uma estrutura rígida, pois depende do que vem do campo depesquisa.(Gutierrez, 2004, p. 04)

Neste contexto a verdade é móvel, não é única, pois muda o tempo todo e é influenciada porvárias culturas que entrelaçam o ciberespaço através das relações criadas nos ambientes virtuais.  O pesquisador também precisa sem envolver, assim como na pesquisa participante, tendo o cuidado de não se perder no meio de milhares de informações e dados que o ambiente oferece, ou fazer uma pesquisa superficial. A metodologia é bem diferente das utilizadas em pesquisas nos ambientes presenciais, e até então difícil deser aceita na comunidade científica, pois não segue o rigor metodológico de uma pesquisa científica.
 Mas esta metodologia, certamente será um novo caminho a ser seguido para quem deseja pesquisar as relações sociais na rede, e com o tempo será vista com uma menor desconfiança por quem faz ciência.
Referência
GUITIERREZ, Suzana de Souza, A ETNOGRAFIA VIRTUAL NA PESQUISA DE ABORDAGEM DIALÉTICA EM REDES SOCIAIS ON-LINE, UFRGS e Colégio Militar de Porto Alegre, 2004.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alfabetização e letramento

É necessário ser alfabetizado para ser letrado? Os conceitos de alfabetização e letramento ainda são confundidos, muitos acham que ser letrado é ter o domínio do código escrito, dos grafemas e fonemas, e também dominar práticas sociais de leituras mais complexas, através de entendimentos e ressignificações do conhecimento, muitos até acham que o conceito de letramento substitui o conceito de alfabetização.
Mas na prática só é letrado, só ressignifica o conhecimento quem sabe dominar o código da leitura e escrita? Crianças e adultos, que ainda não sabem ler e escrever, mostram que conseguem ressignificar o conhecimento sim, dentro do contexto que vivem e diante das realidades que lhes são apresentadas, conseguem fazer inferências e estabelecer relações entre informações distintas, mesmo sem saber ler e escrever.
Muitos autores defendem que o letramento não substituem a alfabetização, mas eles não estão dissociados. Pode acontecer a alfabetização, através da aprendizagem da decodificação da escrita meio a vivências de leituras de textos diversos, através de um processo bem dinâmico, pois estes aprendizes vivem no meio em que a escrita está presente em toda a parte. Soares (2004) é uma das autoras que cita esta dinâmica.
                                                    
Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento.
Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização desenvolve- se no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema–grafema, isto é, em dependência da alfabetização. (Soares,2004,p.12)

Portanto, fica evidente que tanto o processo de alfabetização quanto o letramento são importante para a aprendizagem do sujeito, o conhecimento do código escrito ajuda na participação efetiva no mundo da prática social da leitura, e o conhecimento e consciência do que está escrito, ajudam no melhor desempenho da aprendizagem do código escrito, pois quanto mais leituras são feitas, melhora a qualidade da escrita, e se a leitura é feita de forma crítica e construtiva o conhecimento torna-se mais significativo.

Bibliografia
SOARES. Magda, Letramento e alfabetização: as muitas facetas, Revista Brasileira de Educação, Jan /Fev /Mar /Abr 2004 No 25.






O que é ser Alfabetizado e Letrado




















domingo, 8 de maio de 2011

A comunicação na vida em sociedade

A comunicação é necessária para a sobrevivência do ser humano, que logo quando começou a viver em grupo, criou meios para se comunicar, a partir de desenhos representativos nas cavernas, sinais de fumaça, para anúncio de acontecimento em lugares distantes, a linguagem oral e escrita e os inimagináveis meios de comunicação utilizados hoje, na chamada sociedade do conhecimento.

Hoje, as notícias são instantâneas, muitas pessoas são notificadas em tempo real de lugares distantes, notícias e conhecimentos repassado e produzidos por qualquer um que tenha acesso a tecnologia de informação e comunicação. Qualquer um mesmo, desde uma adulto bem instruído até uma criança.

Esta tecnologia, através de acesso a rede, mediado pelos seus inúmeros aparelhos com computação portáteis, como os celulares, contribuem para uma sociedade mais interativa e dinâmica. Cada vez mais e mais as pessoas têm acesso a estes meios através da popularização da tecnologia, o que vem influenciando as suas vidas, deixando-os muitas vezes dependente dos benefícios oferecido.

A possibilidade de compartilhar informações e conhecimento vem contribuindo para o aparecimento de redes colaborativas que intensificam e caracterizam a aprendizagem coletiva, incentivadas por objetivos comuns entre as pessoas. Os sujeitos que participam desta rede coletiva no mundo virtual, também vivem no mundo real, e esta aprendizagem certamente influencia no seu comportamento, fazendo com que transforme o meio em que vive.

O ambiente virtual, através da colaboração, torna-se um excelente recurso pedagógico para um aprendizagem mais contextualizada e significante para os alunos, pois agrega o conhecimento de tecnologia que eles dominam e gostam, com possibilidades de produzir, adquirir e compartilhar conhecimentos em áreas afins, necessárias para a sua formação. Formação não só a nível profissional, mas na de um sujeito consciente e crítico, capaz de realizar transformações sociais e viver melhor em uma sociedade de constantes mudanças.


sábado, 30 de abril de 2011

A Tecnologia de Informação e Comunicação nas Escolas

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) cada vez mais faz parte da vida das pessoas, influenciando a dinâmica da atual sociedade, tanto política quanto economicamente. A escola também precisa fazer parte deste movimento, pois ela é um elemento social de valor importante na formação das pessoas.
A TIC  no meio escolar, precisa ser vista como grande aliada na troca e construção de conhecimento entre os alunos e o mundo, servindo com as suas inúmeras ferramentas, como um rico meio pedagógico, sustentado por uma práxis voltada para colaboração e construção coletiva de conhecimento, mediada por um ambientes online, valorizando uma cultura digital. E não como um simples reprodutor de informações pré estabelecidas e sem contexto, utilizando de recursos modernos, para criar sujeitos cada vez mais alienados e a margem das demandas sociais.
Mas, para que as TICs chegue no ambiente escolar é necessário investimento na infra instrutora tecnológica e uma política educacional que valorize esta cultura digital. Não com o objetivo de acessar por acessar ou adquirir o simples domínio da tecnologia, seguindo a um modelo tecnicista, voltada para formação de mão de obra especializada para atender as necessidades do mercado, mas uma educação voltada para formar cidadãos produtivos, críticos, colaboradores e transformador social. Sujeito que consiga viver em uma sociedade com muitas demandas, diversidades e em constantes mudanças de forma mais tranquila.
A sociedade do conhecimento, como é conhecido a atual sociedade, traz um novo perfil de aluno, alunos que tem curiosidade em conhecer mais, se comunicar e trocar, as TICs oferecem oportunidades para tal, que a muito ultrapassam aos muros da escola. Então, até quando a escola vai continuar limitando os alunos no maio de tantas oportunidades?

domingo, 24 de abril de 2011

Finalmente, o que é Inclusão digital?

 A inclusão digital é hoje a bola da vez, todos falam, todos deseja fazer parte e muitos se diz incluídos digitalmente, os governos para não ficarem a margens deste movimento, criam programas de inclusão digital para toda a população, através de telecentros instalados principalmente peles periferias e interiores, que muitas vezes parecem mais lan house para acessar emails, jogos, pesquisas e curso , como constatou a pesquisa de Marcelo Buzato em uma telecentro da periferia de Guarulhos, não muito diferente de outros  telecentros.
 Mas o que seria inclusão digital mesmo? Seria o simples acesso às novas tecnologias, através das informações disponibilizada na rede?  Seria o acesso a serviços oferecidos pela rede facilitando a vida das pessoas? Seria um grande comunidade virtual colaborando através de trocas de conhecimentos? Ou ainda seria um meio pelo qual as pessoas pudessem sair da sua condição de excluído para incluído através de novos conhecimentos, vendo o mundo, os problemas e as soluções de outro jeito?
A partir da Web 2.0, chamado por alguns autores como tecnologia e software social, onde o usuário participa mais interativamente na construção do conhecimento, a internet se tornou mais ativa, dinâmica e universalmente colaborativa. Através deste processo, surge por exemplo, possibilidades de intercâmbios que se tornam fundamentais para as resoluções de problemas de lugares afins, que muitas vezes tem soluções parecida, o fato de não está só e passar a enxergar sobre um prisma diferente, ajuda na construção de novos conhecimentos. Acredito que este é a grande sacada da inclusão digital, não só ter acesso a informação, mas fazer parte do conhecimento construído, ajudando na transformação social.
A inclusão digital, principalmente oferecidas nos centro para a população, parece ser mais uma integração digital, fazendo uma analogia com o termo integração, onde o sujeito estaria apenas integrado com os recursos tecnológicos de forma passiva, um espectador. Isto talvez, seja resultado da confusão ainda feita pelas pessoas sobre inclusão digital, ou uma condição conveniente para os governantes, já que nesta condição não tem muito o que questionar e transformar.

 ---
BUZATO, Marcelo El Khouri.  “Entre a fronteira e a periferia: linguagem e letramento na inclusão
Digital.” Campinas, SP [s.n.], 2007.Orientador : Denise Bértoli Braga.Tese (doutorado) Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem.

domingo, 10 de abril de 2011

Tecnologia e o bem comum

Vivemos em uma sociedade que se caracteriza pela expansão tecnológica, onde todas os sujeitos, de uma certa maneira, tem as suas vidas ligadas ela. Tecnologia representada pela televisão, telefones, eletros domésticos, máquinas industriais, computadores, etc e nos últimos anos, de uma forma bem mais intensa, a internet, antes limitadas a uso de poucos, agora se  popularizando com grande velocidade,   permitindo uma maior interação entre as pessoas, o que faz surgir um novo perfil de sujeito.
O encantamento entre os usuários que utilizam a rede, pelas inúmeras facilidades de acesso a milhares de  informações, a troca de conhecimento, a criação de comunidades com interesses comuns, o  consumo de produtos  diversos, a criação de serviços que agiliza e simplifica a vida das pessoas,  torna a internet um influenciador no surgimento deste novo perfil de sujeito da sociedade atual.
Com isto, para aproveitar os milhares de internautas que navegam  pela rede, entra em cena de maneira massiva e muitas vezes perversa, a economia capitalista que converte qualquer coisa em mercadoria de consumo, alguns seguimentos econômico monopoliza e lucra milhões como a imposição dos seus produtos. 
Mas a internet se caracteriza também, por ser um espaço democrático, onde as pessoas tem a liberdade de contrapor a este sistema, e criar outros meios de forma colaborativas para acessar e utilizar produtos sem estar presos aos domínios de um só sistema, é o caso da criação de software. O software  passou a ser muito mais do que um programa de computador composto por uma seqüência de instruções, mas  é considerado  financeiramente  um bem de capital, que muitas vezes rendem bilhões de dólares através da venda do direito de uso.
A colaboração pela rede, por pessoas que não aceita este domínio, permitiu a descentralização na criação de software. Segundo Rezende (2008) A internet permite” viabilizar modelos de produção colaborativa, amparados por licenças permissivas lastreadas na autonomia autoral, baseados em padrões abertos e desimpedidos de restrições proprietárias”. Surgindo assim, outras opções de software onde é permitido uma participação coletiva, tornando um meio mais democrático é acessível a todos.

REFERÊNCIA
REZENDE, Pedro Antônio Dourado de, Custo social: propriedade imaterial, software, cultura e natureza, In: PRETTO, Nelson , SILVEIRA, Sérgio Amadeu (org). ALÉM DAS REDES DE COLABORAÇÃO internet, diversidade cultural e tecnologias do poder, Salvador, EDUFBA , 2008.

sábado, 2 de abril de 2011

Web 2.0: um novo movimento na web



É incrível como a internet tomou uma proporção tão grande nos últimos anos, ela que foi criada para fins militares, na época da guerra fria entre EUA e Rússia, primeiro tornou-se um meio ampliado de divulgação de informações, não só militares, mas acadêmica, comercial, de entretenimento, etc. e depois  um espaço de troca de conhecimento.

Ainda no embalo da evolução, causada pela crescente popularização do uso da rede, e seguindo as demandas e necessidades dos seus internautas, surge a possibilidade de uma maior interatividade entre as pessoas, chamado de Web 2.0.

A Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo.(Primo,2007)

É uma rede participativa e integrada onde todos são sujeitos ativo e não mais o receptor, aqui existe possibilidades de contribuições muito mais reais e significativas, possibilitando a visualização de diversas reflexões e pontos de vistas. O processo tornou-se tão fácil e prático que qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de informática pode criar “ambientes de interação e administrá-lo”, assim, este não é mais exclusividade daqueles que entendiam de informática.

Com esta facilidade, algumas pessoas surge para desconstruir, o que foi construído coletivamente, abusando da liberdade de expressão oferecido pelo ambiente. Com isto, algumas comunidades virtuais criam regras para a boa convivência, excluindo este indivíduo do grupo, através da perda de suas IDs (identificação, login) e exclusão dos serviços. Outras pontuam a participação, se colaboram ganham crédito, se só pedem ajuda perde crédito, os membros são levados a contribuir com a comunidade para que tenham créditos e continuem na comunidade. Surge ai regras mais rígidas para participação em grupo, regras antes mais evidentes na sociedade presencial.   

A web 2.0 se caracteriza ainda pela possibilidade de conectar o internauta naquilo que lhe interessa, meio aos milhões de informações e ambientes oferecido pelo ciberespaço, como o RSS descrito por Primo (2007) “O RSS (Real Simple Syndication) é um sistema de assinaturas no qual o internauta pode escolher que informações quer receber automaticamente em seu software agregador.” Este é um recurso de extrema importância pois agiliza o tempo disponibilizado  para navegação, além de selecionar o que realmente interessa, não levando o internauta a se perder no grande universo de informações que é a internet.

Assim, a Web 2.0 surge não só para oferecer informações e  para criar um ambiente coletivo de compartilhamento de conhecimentos, disponibilizando milhares de dados nos mais diversas áreas, mas também para fortalecer as comunidades virtuais nas suas relações, evitando muitas vezes banalizações.

Referência

PRIMO, Alex . O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E- Compós (Brasília), v.

domingo, 27 de março de 2011

As comunidades virtuais e suas influências na sociedade atual

Até pouco tempo, as pessoas se relacionavam através do convívio demarcado por um espaço geográfico, de forma presencial estabelecido pelas relações de troca de interesses e necessidades, baseada em uma estrutura social com hierarquias, regras, normas e leis ligado sempre a tradição do lugar, tudo para garantir a ordem e o melhor convívio entre as pessoas da comunidade.
Na sociedade contemporânea, com o advento das novas tecnologia, e as facilidades de acesso de um grande número de usuários à rede mundial, onde são oferecidas inúmeras possibilidades na circulação de informações e na comunicação entre as pessoas de vários lugares do mundo, surge e vigora as comunidades virtuais. Segundo Fonseca e Couto, 2005.
“A noção de comunidade vem sendo ressignificada em decorrência das alterações ocorridas na dinâmica da sociedade, sobretudo no mundo contemporâneo, com a incorporação dos meios de comunicação, especialmente, a comunicação mediada por computadores (CMC). Esse tipo de comunicação propicia a emergência de outras formas de socialização via rede telemática, e as comunidades virtuais constituem-se em um dos seus principais ethos.”
As comunidades virtuais, entre outras coisas, possibilitam o compartilhamento de  interesses comuns com outras pessoas de culturas diferentes, alem de possibilitar a participação de igual para igual entre os membros sem a preocupação com a hierarquia.
O indivíduo do mundo contemporâneo, que está ligado em rede, vive em várias comunidades, a presencial, onde é um cidadão com RG, CPF e representa um papel social, com direitos e deveres, e em muitas outras comunidades virtuais, onde compartilha interesse particulares, seja por diversão, profissionalização, humanização, etc. Muitas vezes, alguma destas comunidades que participa, não são necessariamente imprescindíveis para a sua sobrevivência, mas em todas elas, este sujeito contribui para a dinâmica social.
Esta dinâmica social é influenciada pela mistura de culturas, e que fatalmente modificam o comportamento das pessoas, não só as pessoas conectados, mas também as pessoas chamadas de excluídos digitais, aquelas que não tem acesso a rede, ainda hoje um grande percentual. Exemplo disto, quando a troca de conhecimento realizada em comunidade virtual se transforma em ação nas comunidade presencial, provocando  novas concepções sobre determinado tema.
Assim, poderemos dizer que mesmo aqueles que não participam de comunidades virtuais são influenciados de uma certa forma, seja através de boas ou más influências, modificando a estrutura da velha comunidade tradicional e gerando novas demandas.
Referência
FONSECA, Daisy da Costa Lima, COUTO, Edvaldo Souza.Comunidades virtuais: herança cultural e tendência contemporânea,  In: PRETTO, Nelson (org). Tecnologia e Novas Educações. Salvador: Edufba, 2005

domingo, 20 de março de 2011

A modernidade e a escola

Nos tempos atuais não é  tolerável o conhecimento fixo e único, as constantes influências de novos e variados conhecimentos, disseminada através da rede mundial,  torna a verdade não mais uma só, mas várias verdades, adequada a época e ao contexto, podendo durar pouco tempo até ser derrubada. A verdade e o conhecimento se transformam  fácil como as moléculas do líquido, metáfora usada por  Bruman (2002) para descrever as características da era moderna, através do  Livro Modernidade Líquida. Segundo o autor a modernidade é líquida  por particularmente ser inconsistente e móvel, se moldar as novas demandas.
Mas, muitas vezes, estas verdades e múltiplos conhecimentos, não são questionados, não são levantados a reflexões críticas, formando confusões e inverdades. Bruman traz que “a sociedade da modernidade fluida é inóspita à crítica, acomoda o pensamento e a ação críticos de modo que permaneça imune a suas conseqüências, saindo intacta e sem cicatrizes”.
Apesar de toda tecnologia e facilidades de acesso a estes conhecimentos, a sociedade que é moderna, ainda mantém setores que vive baseado em uma estrutura da pós modernidade, ou como também cita Bruman, em uma modernidade sólida, condensada, sistêmica e totalitária, fechada a mudanças e reflexões. Exemplo a escola, que infelizmente ainda se encontra fechada em seus muros sem oportunizar aos educandos somar os seus muitos conhecimentos, trazido do meio social e virtual, para o âmbito escolar, sem promover reflexões críticas sobre estas muitas verdades e sobres. 
No livro Modernidade líquida, Bruman  diz ainda que “Ser moderno significa ser incapaz de parar e de ficar parado, por causa da impossibilidade de alcançar a satisfação”. Seguindo a esta definição de modernidade a nossa escola ainda não chegou na era da modernidade, ela se tornou uma ilha no meio do moderno. O aluno vive em dois mundos, um moderno, onde vive de forma dinâmica e constante relacionando-se com muitas informações e o pós-moderno, na escola, onde só é aceito um verdade,  são classificado como indivíduos  com maior e menor saber, não importa quanto conhecimento leve. É como se de um mundo para o outro ele atravessasse um portal do tempo.
A escola ainda não consegue linkar o seu currículo com os conhecimento trazido pelos alunos dos tempos modernos. Para Lévy, ”Para chegar a essa cultura planetária, a escola precisa assumir um papel fundamental: criar modelos de aprendizagens em que o professor seja um “animador da inteligência coletiva “ do grupo de alunos e não mais um fornecedor de conhecimentos.
Para isto, é necessário uma ressignificação do perfil do novo aprendiz, e a busca de uma nova postura da escola, onde possa levá-la a atravessar junto com os alunos este portal do tempo, ajudando-os a se tornarem sujeitos críticos e reflexivos no meio de tantos saberes e verdades.